13 de outubro de 2010

Ouro Preto - 1º dia

Padaria

Bom, começando pelo começo: logo que cheguei em Ouro Preto fui para o albergue, onde fui informada que meu quarto só estaria disponível por volta do meio dia (sendo que eram 8hrs da manhã). Dessa forma, fui vagar pela cidade, à procura de aventuras e das ruas que precisava visitar para o projeto final. Primeira parada foi a padaria acima. Lá comi muito, pois estava morrendo de fome (muito mesmo). Pães, queijo, mortadela, café, água, etc. E no final a conta deu $4,80, tipo inacreditável, mas ok. 

Em seguida fui para o Museu do Aleijadinho, que ficava logo ao lado da padaria. Fui a primeira visitante, pois ele tinha acabado de abrir. Logo de primeira me deparei com uma situação horripilante. Fui visitar o salão no subsolo, logo que entrei no museu, até então sem música, encuro e vazio. Comecei a desenhar a cabeça de um santo feita pelo Aleijadinho, até então tudo certo, mas depois me virei e tinham 4 gárgulas, enormes e assustadoras. Confesso que deu um medinho, mas comecei a desenha-las também. Quando acabo o primeiro traço do nariz do Leão de Essa abaixo, começa uma música ASSUSTADORA! "Encarnação da morte" o nome dela. Sério, serinho, MUITO medo. Bastante aterrorizada terminei o desenho e vi que ele estava bem feio e desenhei-o novamente, desta vez um pouco melhor.

salão subterrâneo do Museu do Aleijadinho

cabeça e busto de santos Franciscanos 

mesa cheia de rococós = happiness

O ingresso do Museu do Aleijadinho dava direito a visitar a Igreja de São Francisco de Assis, então lá fui eu...
Era muito engraçado ficar ouvindo os guias turísticos. Enquanto desenhava, muitos entravam e saiam das salas com seus grupos e todos diziam o mesmo texto. Era bom, porque às vezes eu perdia um pedaço da explicação, mas sabia que logo viria outro para esclarescer minha dúvida, como por exemplo a frase abaixo: "o tempo é curto e a morte é certa". Segundo eles, as imagens do lavabo juntas significavam isso. Outras imagens, não este anjo e o veado bizarro.

imagens do lavabo feito por Aleijadinho

cruz na escada 
Proibido Subir

A Igreja de S. F. de Assis ficava perto da Praça Tiradentes, isso eu lembrei, não sei bem como... dei uma passada na feirinha de coisas de pedra sabão e subi para a praça. Fiquei lá um tempo, sentada nas escadas da estátua de Tiradente. Desenhei o Museu da Inconfidência no caderno grande e enquanto isso conversei com pessoas loucas que estavam por lá. Célia, maluquinha, pedindo que eu lesse as poesias dela sobre Tiradentes e  dizendo lugares da cidade que eu deveria conhecer. Consegui um mapa na secretaria de alguma coisa que ficava na praça e logo localizei algumas das ruas que pretendia fotografar. Arrumei minhas tralhas e fui à luta. Me perdi várias vezes, dei voltas à toa, subi e desci milhões de ladeiras e missão cumprida: menos 2 ruas!
Almocei num restaurante no sótão de um casinha e comi a sobremesa num café na praça que tinha este lustre daí de baixo. 

lustre turquesa

Depois do almoço voltei para o albergue, muito a fim de tomar um banho. Cheguei, me espalhei no quarto, separei uma roupa, me olhei no espelho e, para a minha surpresa, eu estava um pimentão! Ah sim, e a água do banheiro era fria. Mas tipo MUITO fria. Ok, ok, banho por partes, eu consigo... 

vista do Museu da varanda do albergue

Depois do banho fui andar mais um pouquinho e, não sei porque, entrei numa casinha perto do albergue que sinalizava Mina do Chico Rei. Lá conheci a Julia, uma menina de 10 anos que me levou para o final do túnel da mina para me mostra o palácio de cristal, que era basicamente um buraco cheio de pedra depois de uma escalada no escuro. Na saída me deparei com a Dona Marieta tomando sol com um guarda-chuva verde esmeralda e um chapéu em cima. Não me pergunte o por quê.

Dona Marieta

Fui daí em busca da Rua 13 de maio e da Princesa Isabel, que ficavam a 5km subindo 30 ladeiras e 20 escadas. Na volta peguei um ônibus pro centro, não aguentava mais andar. Chegando lá fiquei sentada no murinho de uma igreja esperando o pôr do sol, desenhando, dando notícias pra mãe, fotografando, etc.


Observatório da Escola de Minas


Relicário 1800 Restaurante-Pizzaria-Galeria de arte

Mal esperei anoitecer fui correndo à procura de uma pizzaria. Achei essa dai de cima mil e uma utilidades. Lá ouvi um diálogo que me fez feliz pro resto da noite:

O recepcionista desce com um grupo de turistas. Antes de apresentá-los à dona do restaurante, ele pergunta:
- De onde são mesmo?
O gringo responde:
- Von Suiça.
E ai a pérola:
- Mui bien, aqui é uno ambiente mui buon para manjare.

Que língua ele achava que estava falando?!?!










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