Sobre o silêncio barulhento de Ron Mueck no MAM

 

Eu esperava por esta exposição de Ron Mueck desde o ano passado, mas resisti até a penúltima semana por medo da multidão que invadiu o MAM atrás da expo "must go" do momento no Rio.

Meu intuito de ir a exposição era apenas estudar e analisar as esculturas realistas. Admirar seu silêncio e a beleza do que nos é natural: o casal idoso na praia, a mãe ao voltar das compras com seu bebê, do sono, do trabalho, do cara peladão sentado e até mesmo de um frango pendurado de cabeça para baixo.

Costumo fazer isso normalmente nos meus cadernos e gostaria de fazer isso na exposição, mas isso me foi um desafio. O silêncio de Ron foi substituído pelo barulho dos flashes (a principio proibidos), das crianças correndo e das pessoas que não sabem que é possível comprar ingresso pela internet se amontoando ao redor das esculturas... fui obrigada a desenhar rápido, de ângulos estranhos e terminar em casa, mas valeu.

Ai está o resultado:

 

 

 

O gato

Gato que brincas na rua

Como se fosse na cama,

Invejo a sorte que é tua

Porque nem sorte se chama. 

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes. 

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

Fernando Pessoa, 1-1931 

Neste fim de semana tive uma grande experiência! Mind blowing.

Tive enfim, a honra de participar de um rápido curso/workshop ministrado pelo ilustrador Odilon Moraes, no Tomie Ohtake em SP. Sou fã dele desde a primeira palavra de "A princesinha medrosa" (COSACNAIFY) em 2008, na FNLIJ, e neste fim de semana ele soube disso.

Agradeço a ele a confiança que me deu sobre mim mesma, agradeço o exemplo, as referências, as bibliografias, a conversa, o pensamento, a poesia, o novo, a simpatia, a humildade.

Batman

Este é o Batman de aniversário.

Quando chegou na casa da minha irmã ele era o gatinho mais magrelo, desnutrido, mirrado e com cara de morcego que já vi (daí o nome). Hoje ele está fortinho, agitado, mordedor e alto, mas o rabo continua torto. Uma marca registrada que impossibilita ele de cair reto no chão.
Tadinho.

Tudo de bom para a irmã mais sensacional da história. E que nunca mais você me dê motivos para grudar chiclete na sua cabeça ;P Te amo

da série presentes especiais

Meu aniversário de 2013 foi estranho. Faltou uma pessoa e foi como se faltasse um pedaço.
Apesar disso, como tenho a sorte de estar cercada de pessoas queridas e especiais, o pedacinho foi sendo preenchido.

Não sou muito de esperar por presente (fico mais tensa sobre o que decidir de comemoração e acabo não decidindo nada... a cerveja na Praça São Salvador foi que salvou), mas esse ano duas pessoas se superaram! Me senti a pessoa mais querida do mundo!

Minha irmã me deu as xicrinhas mais fofas que eu poderia querer! São do studio PiP de Amsterdam, que vende lá na BESI. Só amor! Já saiu até no jornal de tão lindas.
Toda vez que vou tomar café, minha manhã se enche de alegria com esta coisinha fofa e delicada. E o dia a dia fica muito mais feliz e colorido!

O outro presente foi da Isadora, que de tanto me ver abrir e fechar o site da Kate Spade e chorar a cada newsletter recebida, resolveu dar um fim nisso tudo :P e me deu um brinco lindo de morrer da coleção Art Déco. Abro um sorriso no canto da boca sempre que o pego para usar.

Vocês me fizeram sentir muito especial!
Obrigada.