10 de fevereiro de 2015

Memória de bolso sai do papel

É com grande prazer que apresento a primeira coleção de estampas do Memória de Bolso ainda em fase de desenvolvimento! Esta coleção surgiu de forma natural, no melhor momento possível, e de forma despretensiosa, mas cheia de expectativas (pode?)!

Fico feliz que isso tenha acontecido cedo ou tarde, pois acredito ser este o propósito deste blog. Uma viagem de auto descobrimento diário, de aprimorar meus desenhos na prática, dia após dia. De transformar o desenhar por desenhar em algo maior. Que como desenhista, eu pudesse me descobrir como artista. Esse dia ainda não chegou, mas a essa altura me sinto muito mais segura de que estou fazendo o meu melhor. Sempre quis que um dia ele virasse um projeto maior, só não sabia o quê. Descobri essa vontade durante o processo. E nada mais gostoso do que ver seu projeto autoral ganhando pernas e desfilando por aí.


Acho que só quem trabalha com isso sabe o prazer que dá ver uma criação sua tomando forma: da idéia inicial vem o desenvolvimento da imagem, num passo a passo lento de construção, meio que por tentativa e erro, para encontrar aqui fora o que estava escondido lá dentro da sua cabeça. Você precisa que o seu corpo inteiro trabalhe em conjunto em função de um por quê que não tem exatamente explicação... Só você sabe o quanto é importante tentar e conseguir colocar para fora do jeito certo aquilo que está martelando. E quando você consegue, só você pode saber o alívio e a alegria que dá.

tipo isso...
Lendo o livro "A psicanálise dos contos de fadas" de Bruno Bettelheim (Ed. Paz e Terra) me deparei com o seguinte trecho que complementa o que eu estou dizendo e vai além: "O inconciente é a fonte da arte, a mola mestra de que se origina; que as idéias do superego a moldam; e que são as forças do ego que executam as idéias inconscientes e conscientes que entram na criação de uma obra de arte. Assim, de alguma forma esses objetos artísticos significam a integração da personalidade".

Além da satisfação momentânea que dá conseguir desenhar o que se está imaginando, aquilo de alguma forma é um pedaço de você. Ninguém mais poderia fazer o que você fez, não daquela forma. Qualquer um pode desenhar cactus, mas esses são os cactus da Ju em aquarela:




 E os triângulos espaciais dançantes da Ju:




Essas são a Ju, em nanquim:



As camisetas são tamanho único e estão sendo impressas por sublimação em malha de poliéster e elastano (macia), com manga curta, em estilo batinha (mais solta embaixo).

Elas estarão disponíveis para venda comigo e no site da Transtorned Comics depois do Carnaval, mas você já pode fazer o seu pedido :)
Me avise por mensagem ou inbox para que eu reserve a sua.

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